Feira Cultural 2011

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Reciclagem

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Motivação

MOTIVAÇÃO

Volta às aulas sem crise

Saiba como transformar o começo do ano letivo em um momento prazeroso para seu filho

26/01/2012 12:32
Texto Manoela Meyer
Educar
Foto: Dreamstime
A ansiedade costuma ser o maior obstáculo na volta às aulas. Aprenda a lidar com ela!
 
É muito comum crianças e adolescentes terem dificuldades para entrar no ritmo escolar após passar as longas férias de verão distante do ambiente escolar, seja em casa ou viajando. Mas saiba que, mais do que possível, é muito importante que seu filho comece o ano bem motivado.

O primeiro passo é tranquilizá-lo, já que um novo ano costuma ser a causa de muita ansiedade. "Os amigos serão os mesmos? E se forem novos colegas, eles vão gostar de mim? Quem serão os novos professores? Será que vou gostar das matérias da nova série?". Essas e outras perguntas estão na cabeça da molecada quando chega a hora de voltar para a escola.

Cabe também a você, como pai, se avaliar. "Será que não sou eu mesmo a causa de grande parte da ansiedade de meu filho?". Muitas vezes não acreditamos que na escola nosso filho terá a mesma atenção e carinho que recebe em casa. Tente se tranquilizar. "A escola é o melhor lugar para seu filho estar. Lá, ele conquista independência e autonomia", garante a pedagoga Rita Arruda, da Escola Árvore da Vida, em São Paulo.

Confira abaixo nove dicas que você pode aproveitar para o seu filho voltar às aulas com gás total!
Para ler, clique nos itens abaixo:
Organizar o material escolar e a mochila
Toda criança gosta de organizar o material escolar para a volta às aulas, principalmente se ele for todo renovado. Mas atenção: renovar não significa apenas comprar material novo. Claro que no começo do ano é necessário trocar muita coisa. Mas você pode aproveitar livros usados por outras crianças, encapar cadernos que já possuía, reparar lápis, estojo e mochila. Essas mudanças já deixam a criança motivada e ansiosa para usar o material, mesmo quando não é recém-saído da loja. Outra ideia é pedir para seu filho escrever nas etiquetas, ele mesmo, todos os seus dados pessoais - como nome, série e disciplina.
Arrumar o local de estudo
Para ter vontade de estudar, a criança precisa de um local aconchegante. Se ela já tem uma escrivaninha ou uma mesa onde costuma estudar, proponha uma nova organização. Junto com seu filho, esvazie gavetas e arrume tudo novamente. Se o seu filho não tem um cantinho para estudar, é hora de providenciar um. Pode até ser a mesa da sala ou da cozinha, mas o seu filho tem de sentir que aquele espaço é só dele na hora de fazer a lição de casa. Regina Scarpa, coordenadora pedagógica da Fundação Victor Civita, lembra que é importante que o local tenha uma boa iluminação - seja por luz natural de uma janela, ou artificial, de uma lâmpada - e que a televisão esteja desligada ou bem longe.
Retomar o que a criança mais gosta na escola
É hora de lembrar seu filho de tudo o que a escola tem de bom. Fale das pessoas que ele mais gosta e irá reencontrar, ajude-o a relembrar os passeios e atividades do outro ano que ele mais gostou. Nos primeiros dias, se possível, chame um ou mais coleguinhas para brincar com seu filho. É uma maneira de estreitar novamente as amizades e de fazer com que seu filho tenha ainda mais vontade de ir para a escola.
Compartilhar suas próprias experiências
Há momentos na vida escolar que são mais sensíveis. Se seu filho vai para o 6o ano, por exemplo, não terá mais só um professor. Que tal contar para ele um bom momento de sua vida escolar para acalmá-lo? "Falar sobre como o contato com diferentes professores é interessante, ajuda", conta Regina Scarpa, coordenadora pedagógica da Fundação Victor Civita. Além disso, vale a pena seu filho ter uma agenda, para se organizar com o número grande de tarefas escolares exigido por cada professor.
Se a escola for nova, ajudar na readaptação
Se o seu filho está trocando de escola nesse ano, vocês terão um importante período de adaptação. Se necessário, acompanhe-o nos primeiros dias de escola. Se não puder, mande a avó, a tia ou alguém em quem a criança tenha confiança. Não deixe de explicar ao seu filho por que aconteceu a troca e fale sobre tudo o que tem de bom na escola nova. Ele vai ficar curioso para ver todas essas novidades. Além disso, estimule-o a se enturmar. Encontrar colegas que tenham interesses em comum é importante nessa fase. Mas aceite o ritmo do seu filho. Não se espante se ele estiver calado no início. Cada um tem um ritmo. Esteja disponível para conversar se ele quiser. Conhecer a direção, os professores e ter confiança no colégio fazem seu filho confiar também. Mas, se passar alguns meses e ele não se adaptar mesmo, o ideal é repensar a escolha e considerar a troca de escola.
Buscar orientação com profissionais da escola
Algumas crianças e jovens têm mais dificuldade do que outras para voltar ao ritmo, aceitar mudanças ou lidar com a rejeição. Caso você note uma alteração muito brusca no comportamento do seu filho, como agressividade ou desânimo, busque ajuda especializada com a coordenação da escola.
Voltar à rotina gradualmente
Nada de mudanças bruscas. Se o seu filho viu muita televisão nas férias e você quer que ele diminua a quantidade durante o período de aulas, tem de fazer isso aos poucos, pois as crianças sofrem mais com mudanças radicais. Vá diminuindo o tempo diário de TV gradualmente. O mesmo vale para as horas de sono, o horário de acordar, o tempo para brincar... Faça tudo aos poucos, de modo que seu filho não sinta que simplesmente parou de se divertir porque as aulas recomeçaram.
Jogos e atividades de integração
Informe-se se na escola do seu filho os professores dão atenção a atividades de integração lúdicas, especialmente no começo do ano quando muitas crianças ainda não se conhecem. Alguns exemplos são aulas de circo, oficina de contação de histórias, caça ao tesouro, gincanas.
Criar uma rotina
É importante que tanto você quanto seu filho criem uma rotina de atividades que deve ser seguida até o fim do ano. Isso porque durante a vida escolar, as lições de casa, os trabalhos e as provas se tornam cada vez mais frequentes, exigindo dos alunos organização e planejamento. A falta de uma rotina pré-estabelecida muitas vezes compromete o aproveitamento do seu filho na escola. Isso inclui o horário para levantar, ir à escola, fazer as lições, dormir. Mas você também deve ter o hábito de conversar sobre o cotidiano da escola - o que foi ensinado naquele dia; que tipo de trabalhos foram feitos com os colegas - e deve impedir que a criança falte às aulas ou deixe de cumprir as atividades no horário em que foram combinadas. Seja firme. Por mais que seu filho choramingue, não queira acordar cedo e sinta falta das férias, não ceda. A adaptação à rotina depende da sua postura como mãe ou pai.
 

Saúde

A Diabete Mellitus, tipo mais comum entre crianças e adolescentes, é grave e precisa de atenção dos pais e da escola


Educar

12/11/2009 18:15

Texto
Camilo Gomide
Foto:
Foto: criança comendo salada

É preciso prestar atenção nos horários que a criança tem que tomar insulina e sempre controlar a taxa de glicemia

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Seu filho tem diabetes? Você sabe quais são os cuidados que precisam ser tomados com a doença? Conhece os sintomas? Sabe se a escola dele está preparada para ajudá-lo? Normalmente associada a adultos e idosos, a diabetes também pode se manifestar em crianças e adolescentes. O tipo da doença que costuma atacar os jovens é a Diabete Mellitus, ou Diabetes tipo 1 (DM1), que atinge cerca de 4,9 milhões de pessoas em todo o mundo (International Diabetes Federation, 2003).

A Diabetes Mellitus é genética e em 50 % dos casos se manifesta na infância ou no início da adolescência. Em praticamente todos os casos, requer a aplicação de insulina diária. "A diabete tipo 1 é genética e autoimune, ou seja, o indivíduo nasce com ela e o próprio organismo produz anticorpos contra a célula beta, que produz a insulina", explica Vaê Dichtchekenian, o endocrinologista pediátrico do Hospital Israelita Albert Einstein. Por não produzir insulina, o organismo do diabético não consegue obter energia da glicose que consome e nem eliminar a substância. Em decorrência disso, começa a queimar gordura pra obter energia. Esse processo acaba acumulando um monte de ácido no corpo e pode levar a uma perigosa desidratação.

A criança com diabetes não controlada, além de outros problemas mais sérios, corre o risco de ter seu desempenho escolar prejudicado. O excesso de glicose no sangue, hiperglicemia, que produz o acúmulo de ácido, deixa a pessoa muito fraca. Alguém nessas condições fica incapaz de desenvolver qualquer atividade e precisa ser tratada urgentemente. O contrário, a falta de glicose, ou hipoglicemia, também é prejudicial. "Com um quadro de hipoglicemia a pessoa já se sente mal na hora e os neurônios não funcionam direito", explica Dichtchekenian.

Embora seja uma doença perigosa, podendo levar à morte, os diabéticos podem levar uma vida perfeitamente normal, desde que sejam tomados os cuidados necessários. Para tanto, é preciso que você e a escola de seu filho estejam preparados. O Educar para Crescer, com a ajuda do endocrinologista pediátrico Vaê Dichtchekenian e da psicóloga voluntária da Associação de Diabetes Juvenil Gláucia Margonari Bechara, preparou um tira dúvidas sobre a diabetes.
Para ler, clique nos itens abaixo:
Como identificar os sintomas?
"A criança sempre começa a perder peso, beber muita água e fazer muito xixi. O apetite aumenta bastante, mas ela continua perdendo peso. Ela começa a se sentir muito franca. Câimbras também são comuns", explica Vaê Dichtchekenian. Se o seu filho apresenta esses sintomas, procure um médico para fazer o teste de glicemia.
Como deve ser a alimentação de um diabético?
"O mais saudável possível e sem açúcar e doces em hipótese alguma", recomenda Dichtchekenian. O açúcar, no entanto, é a única restrição imposta pelo pediatra. "Pode comer de tudo, principalmente, legumes e vegetais. O mais importante é que seja uma dieta balanceada. A criança diabética tem de ser alimentar como qualquer outra de sua idade, não pode se desnutrir. Mas é muito importante que se calcule a dose de insulina a ser aplicada de acordo com o que a criança comeu".
Porque é importante fazer exercícios físicos?
"Cada molécula de glicose que entra no músculo não sai mais. Isso tanto em pessoas diabéticas quanto nas que não tem a doença. A única maneira de eliminar essa molécula é se exercitando, vale qualquer exercício. Se o diabético não se exercitar essa molécula do músculo não vai embora e ele terá hiperglicemia", diz Vaê Dichtchekenian.
Qual os cuidados diários que alguém com Diabetes Mellitus precisa ter?
Nunca esquecer o horário da insulina; controlar sempre a taxa de glicemia (não deixar ultrapassar 200mg/dl de glicose, ou baixar de 60mg/dl) ; alimentar-se regularmente e jamais pular uma refeição; exercitar-se regularmente e consultar um endocrinologista ao menos três vezes ao ano; um oftalmologista uma vez ao ano; um dentista uma vez ao ano e um nutricionista duas vezes ao ano. (Fonte: Associação de Diabetes Juvenil)
O que a escola precisa saber?
"A escola tem de saber que a criança é diabética e se tiver uma nutricionista ela tem de fazer um cardápio individualizado pra criança", diz Dichtchekenian. É muito importante que toda a equipe pedagógica (diretor, coordenador, funcionários e professores) conheça as necessidades de uma criança diabética. Saber identificar os sintomas da hiperglicemia ou hipoglicemia e ministrar as injeções de insulina é bastante útil.
Ensinar aos colegas sobre diabetes é importante?
Sim, é preciso ensinar aos alunos sobre doenças como a diabetes. "Informar os outros alunos sobre diabetes, os cuidados, os limites e como lidar com algum aspecto diferente, como a alimentação, por exemplo, pode ser uma tarefa adicional de fundamental importância. Além de ser uma responsabilidade, claro, ensinar a olhar para o outro", explica a psicóloga Gláucia Margonari Bechara.
O que a criança com diabetes precisa saber?