Feira Cultural 2011

Feira Cultural 2011
Reciclagem

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Saúde

A Diabete Mellitus, tipo mais comum entre crianças e adolescentes, é grave e precisa de atenção dos pais e da escola


Educar

12/11/2009 18:15

Texto
Camilo Gomide
Foto:
Foto: criança comendo salada

É preciso prestar atenção nos horários que a criança tem que tomar insulina e sempre controlar a taxa de glicemia

----- PAGINA 01 -----
Seu filho tem diabetes? Você sabe quais são os cuidados que precisam ser tomados com a doença? Conhece os sintomas? Sabe se a escola dele está preparada para ajudá-lo? Normalmente associada a adultos e idosos, a diabetes também pode se manifestar em crianças e adolescentes. O tipo da doença que costuma atacar os jovens é a Diabete Mellitus, ou Diabetes tipo 1 (DM1), que atinge cerca de 4,9 milhões de pessoas em todo o mundo (International Diabetes Federation, 2003).

A Diabetes Mellitus é genética e em 50 % dos casos se manifesta na infância ou no início da adolescência. Em praticamente todos os casos, requer a aplicação de insulina diária. "A diabete tipo 1 é genética e autoimune, ou seja, o indivíduo nasce com ela e o próprio organismo produz anticorpos contra a célula beta, que produz a insulina", explica Vaê Dichtchekenian, o endocrinologista pediátrico do Hospital Israelita Albert Einstein. Por não produzir insulina, o organismo do diabético não consegue obter energia da glicose que consome e nem eliminar a substância. Em decorrência disso, começa a queimar gordura pra obter energia. Esse processo acaba acumulando um monte de ácido no corpo e pode levar a uma perigosa desidratação.

A criança com diabetes não controlada, além de outros problemas mais sérios, corre o risco de ter seu desempenho escolar prejudicado. O excesso de glicose no sangue, hiperglicemia, que produz o acúmulo de ácido, deixa a pessoa muito fraca. Alguém nessas condições fica incapaz de desenvolver qualquer atividade e precisa ser tratada urgentemente. O contrário, a falta de glicose, ou hipoglicemia, também é prejudicial. "Com um quadro de hipoglicemia a pessoa já se sente mal na hora e os neurônios não funcionam direito", explica Dichtchekenian.

Embora seja uma doença perigosa, podendo levar à morte, os diabéticos podem levar uma vida perfeitamente normal, desde que sejam tomados os cuidados necessários. Para tanto, é preciso que você e a escola de seu filho estejam preparados. O Educar para Crescer, com a ajuda do endocrinologista pediátrico Vaê Dichtchekenian e da psicóloga voluntária da Associação de Diabetes Juvenil Gláucia Margonari Bechara, preparou um tira dúvidas sobre a diabetes.
Para ler, clique nos itens abaixo:
Como identificar os sintomas?
"A criança sempre começa a perder peso, beber muita água e fazer muito xixi. O apetite aumenta bastante, mas ela continua perdendo peso. Ela começa a se sentir muito franca. Câimbras também são comuns", explica Vaê Dichtchekenian. Se o seu filho apresenta esses sintomas, procure um médico para fazer o teste de glicemia.
Como deve ser a alimentação de um diabético?
"O mais saudável possível e sem açúcar e doces em hipótese alguma", recomenda Dichtchekenian. O açúcar, no entanto, é a única restrição imposta pelo pediatra. "Pode comer de tudo, principalmente, legumes e vegetais. O mais importante é que seja uma dieta balanceada. A criança diabética tem de ser alimentar como qualquer outra de sua idade, não pode se desnutrir. Mas é muito importante que se calcule a dose de insulina a ser aplicada de acordo com o que a criança comeu".
Porque é importante fazer exercícios físicos?
"Cada molécula de glicose que entra no músculo não sai mais. Isso tanto em pessoas diabéticas quanto nas que não tem a doença. A única maneira de eliminar essa molécula é se exercitando, vale qualquer exercício. Se o diabético não se exercitar essa molécula do músculo não vai embora e ele terá hiperglicemia", diz Vaê Dichtchekenian.
Qual os cuidados diários que alguém com Diabetes Mellitus precisa ter?
Nunca esquecer o horário da insulina; controlar sempre a taxa de glicemia (não deixar ultrapassar 200mg/dl de glicose, ou baixar de 60mg/dl) ; alimentar-se regularmente e jamais pular uma refeição; exercitar-se regularmente e consultar um endocrinologista ao menos três vezes ao ano; um oftalmologista uma vez ao ano; um dentista uma vez ao ano e um nutricionista duas vezes ao ano. (Fonte: Associação de Diabetes Juvenil)
O que a escola precisa saber?
"A escola tem de saber que a criança é diabética e se tiver uma nutricionista ela tem de fazer um cardápio individualizado pra criança", diz Dichtchekenian. É muito importante que toda a equipe pedagógica (diretor, coordenador, funcionários e professores) conheça as necessidades de uma criança diabética. Saber identificar os sintomas da hiperglicemia ou hipoglicemia e ministrar as injeções de insulina é bastante útil.
Ensinar aos colegas sobre diabetes é importante?
Sim, é preciso ensinar aos alunos sobre doenças como a diabetes. "Informar os outros alunos sobre diabetes, os cuidados, os limites e como lidar com algum aspecto diferente, como a alimentação, por exemplo, pode ser uma tarefa adicional de fundamental importância. Além de ser uma responsabilidade, claro, ensinar a olhar para o outro", explica a psicóloga Gláucia Margonari Bechara.
O que a criança com diabetes precisa saber?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.