Feira Cultural 2011

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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Alergias

O que são alergias

As alergias consistem muito simplesmente em "enganos" do sistema imunitário quando exposto a qualquer substância que não é reconhecida pelo organismo como inofensiva. Embora a substância em questão não constitua, nos casos de alergia, uma ameaça directa, o sistema imunitário reage como se se tratasse de algo estranho e prejudicial. Mas uma alergia só surge a partir do segundo contacto com a substância estranha, porque os anticorpos só começam a formar-se depois do primeiro contacto.

Essas substâncias/estímulos tanto podem chegar através da alimentação ou fazer parte da composição de alguns medicamentos. Podem também estar presentes no meio ambiente (é o caso do pólen, que está em suspensão no ar). Os mais comuns são os de origem alimentar. E o modo como o organismo reage e se defende pode variar muito.

As alergias podem dividir-se em quatro tipos principais:


  • Anafilaxia – surge logo após o novo contacto com o antigénio, quando este reage com os anticorpos. Os mediadores libertados provocam espirros, tosse e comichão. Ex.: rinite alérgica, algumas alergias cutâneas, asma e outras.


  • Citotoxicidade – quando o antigénio se fixa a células do organismo e reage seguidamente com os anticorpos do sangue, provocando destruição das células. Ex.: por transfusão de sangue de outro grupo ou ingestão de medicamentos.


  • Imunocomplexos – quando o produto formado por antigénio e anticorpo, provoca um conjunto de reacções no organismo que originam lesão dos vasos sanguíneos, dos pulmões, da pele, etc.
    Geralmente, as manifestações surgem ao fim de algumas horas (4-6) após o novo contacto com o antigénio.
    Ex.: alveolites alérgicas, doença dos criadores de aves.


  • Reacção retardada – surge ao fim de 1 a 3 dias após o novo contacto com o antigénio. Provoca inflamações que podem ser irreversíveis.
    Ex.: rejeição em transplantes.


    Quais os sintomas?

    Os sintomas mais comuns podem ser: manchas vermelhas na pele (planas e/ou formando pequenas babas), comichão, inchaços e/ou dores nas articulações, dificuldades respiratórias, inchaços da língua e da garganta, diarreia e, finalmente, a manifestação mais grave: o choque anafilático.


    Os órgãos mais afectados e as respectivas manifestações são:


  • Pele – urticária, eczema dermatite atópico, algumas lesões de vasculite;

  • Aparelho respiratório – asma, rinosinusite;

  • Olhos – conjuntivite, eczema nas pálpebras;

  • Aparelho digestivo – diarreia, edema da glote, colopatias, doença celíaca.


    Tratamento

    Não existem, actualmente, medicamentos para curar definitivamente alergias, sendo que o melhor tratamento seja precisamente o não contacto com a fonte/substância que provoca alergia, o alérgeno. A imunoterapia também pode ajudar mas apenas nos casos de rinite alérgica, alguns tipos de asma e alergias a veneno de abelhas. Existem anti-histamínicos e corticóides que poderão aliviar os sintomas mais prementes.

    Relativamente às alergias alimentares, deve estar-se atento aos rótulos dos produtos, e não adquirir aqueles que contenham os alérgenos ou que apresentem palavras ou substâncias desconhecidas. Os alimentos passíveis de gerar mais alergias são o leite de vaca, seus derivados, e todos os alimentos confeccionados a partir do mesmo, os ovos e todos os alimentos feitos com ovos, óleos vegetais (como o de soja), o trigo, os amendoins, as avelãs, as nozes, as amêndoas e o peixe. É particularmente grave a alergia ao marisco (camarão e outros). A alergia provocada por morangos e citrinos também pode ser incomodativa. Os mais prudentes e susceptíveis deverão, por conseguinte, evitar todos estes alimentos.


    Algumas informações úteis

    Não confundir alergia alimentar com intolerância alimentar, já que nesta, apesar de se verificar igualmente uma reacção negativa do organismo, não existir envolvimento do sistema de defesa do corpo. Na intolerância alimentar, a pessoa afectada simplesmente não possui a substância que lhe permita digerir determinado alimento, logo, o organismo reage, funcionando como um alerta.

    Como saber se é alérgico?

    O seu médico recorrerá a testes na pele e a exames de laboratório a fim de confirmar a existência de uma alergia e identificar a substância que a provoca.

    Cuidados a ter:

    1. Com o quarto

  • o chão deve ser fácil de lavar, sem pó, bem aspirado e arejado;

  • preferir cobertores sintéticos que acumulam menos pó e colocá-los regularmente ao Sol;

  • aspirar regularmente o colchão. Pode colocar uma cobertura antiácaros no colchão e almofadas;

  • evitar almofadas e edredons de penas;

  • não fumar no quarto.

    2. Resto da casa

  • deve ser aspirada com frequência e isenta de pó;

  • não deve ter animais;

  • as janelas devem ser mantidas fechadas, na época da polinização, se for alérgico ao pólen.

    3. Em viagem

  • se for alérgico ao pólen, mantenha as janelas fechadas.


    Retirado de Os Primeiros Anos da Criança - saiba como actuar, de Hugo Marques e Nuno Ribeiro da Costa, Texto Editores, 2001.
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